Muitos modelos de carros que chegam ao mercado hoje possuem transmissão CVT, um tipo de câmbio automático que é diferente do padrão mais conhecido, a chamada caixa automática (AT – Automatic Transmission). O CVT (sigla em inglês para “transmissão continuamente variável”) é considerado uma categoria à parte por sua estrutura totalmente diferente. Enquanto a caixa automática possui uma série de engrenagens ligadas a um conversor de torque, o CVT possui duas polias cônicas, de diâmetro variável, ligadas entre si por uma correia de borracha ou uma corrente metálica.
Esse formato faz com que a mudança de marchas seja muito mais suave e permite que o veículo consuma menos combustível. Mas, como nem tudo são vantagens, o custo da manutenção pode se tornar elevado se o proprietário desleixar em relação aos prazos e revisões, ou se a manutenção não for feita por mecânicos especializados. O ponto essencial desse cuidado é a correia, que precisa estar sempre bem lubrificada e deve ser trocada periodicamente.
Para garantir uma lubrificação adequada, é necessário usar um fluido de câmbio que também é diferente. Ele deve proteger a correia do desgaste e ter capacidade de suportar o aquecimento. Além disso, é fundamental ter uma grande estabilidade de cisalhamento (ou seja, capacidade de manter a viscosidade diante dos movimentos das partes móveis), já que a pressão para operar o mecanismo dos variadores e a bomba é muito elevada. O fluido também deve proteger os materiais de fricção das embreagens.
O que é preciso fazer para garantir uma boa manutenção do sistema CVT? Ficar de olho nestes pontos:
- Verificar o nível do fluido: Especialmente após serviços de troca ou reparo. Ele não pode estar baixo, pois isso comprometeria a proteção da correia. Mas, se estiver acima do nível, também poderá causar problemas.
- Trocar o fluido no prazo: Ele precisa ser trocado periodicamente, conforme as recomendações do fabricante. Se estiver vencido ou degradado, ele compromete o funcionamento de todo o sistema e ainda danifica as peças. Geralmente o fluido que escureceu está em tempo de ser substituído. A recomendação é trocar o fluido a cada 50.000 km ou 5 anos, o que acontecer primeiro.
- Temperatura correta: O sistema CVT precisa operar em uma temperatura correta – por isso alguns mecanismos possuem um aquecedor e um resfriador. Temperaturas excessivas podem danificar os componentes internos. Diversas oficinas possuem equipamentos para medir se está tudo certo.
- Checar as polias e correias: Verificar regularmente garante que desgastes prematuros não comprometam o sistema.
- Cuidado com os filtros, trocar sempre que trocar o fluido: Isso garante que o fluido circule livremente, sem impurezas ou obstruções que atrapalhem o desempenho da transmissão.
Essencial também é usar sempre um fluido que siga as especificações do fabricante do carro. Fluido de menor qualidade é sempre um barato que sai caro. A linha Mobil™ tem lubrificantes para todos os modelos e está disponível nas melhores oficinas mecânicas.