
O Brasil está virando um país sobre duas rodas. A produção e as vendas de motos, scooters e ciclomotores vêm crescendo mais rapidamente do que qualquer outro tipo de veículo, e a quantidade de modelos disponíveis aumenta cada vez mais, incluindo aqueles mais simples, que não exigem carteira de habilitação. Enquanto as vendas de carros subiram 4,8% no primeiro semestre, as vendas de motos cresceram 10,33%. Nesse período, foram emplacadas mais de um milhão de motos – mais exatamente, 1.029.298.
O crescimento acontece principalmente nas motos econômicas, de menor cilindrada (uma em cada quatro vendidas é uma Honda CG 160). Nas fábricas da Zona Franca de Manaus, o aumento de produção chegou a 30% em relação ao primeiro semestre do ano passado, gerando um faturamento de R$ 23,3 bilhões. A categoria que mais cresceu foi a das bicicletas elétricas, que tiveram alta de 122% nas vendas até julho, saltando de 9,2 milhões de unidades em 2024 para 18,2 milhões neste ano.
A disputa por clientes já faz com que os fabricantes busquem oferecer mais facilidades aos compradores. A Avelloz, fábrica que chegou há pouco tempo ao mercado, mas já ocupa o quinto lugar entre as mais vendidas, anunciou a criação de um consórcio para financiamento.
E o grande volume de motos já gera preocupações das autoridades de trânsito. Em Pernambuco, o número de motos ultrapassou o de carros, pela primeira vez na história, e o crescimento é liderado pelas cidades do interior, onde há menos estrutura para fiscalização e segurança no trânsito. Em Blumenau, uma das maiores cidades de Santa Catarina, a prefeitura já está fechando o cerco contra motos elétricas e ciclomotores conduzidos por pessoas sem habilitação, depois de registrar 22 acidentes com esse tipo de veículo no primeiro semestre.
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