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Dicas Mobil

Peças usadas: perigo ou solução? 

Uma questão que sempre aflige quem precisa trocar as peças do carro é saber se é seguro ou não comprar peças usadas. É comum ouvir pessoas falando que é 100% seguro, e que a qualidade é a mesma das peças novas. Assim como há muita gente que diz que é um perigo enorme. Na verdade, os dois estão exagerando: da mesma maneira que existem diversos tipos de peças novas, existem diversos tipos de peças usadas. O importante é saber distinguir quais as peças de qualidade e quais as situações em que vale a pena comprar. 

 Quando se está comprando peças novas, as opções são as genuínas, as originais e as paralelas. Genuínas são as mesmas peças usadas pelo fabricante, que são vendidas em embalagens com o logotipo da montadora e tem um código de origem. São as mais caras do mercado, mas também tem qualidade garantida – e quando o carro está dentro da garantia, é preciso trocar somente por essas, ou há o risco do carro inteiro perder a garantia. Ao lado delas, existem as peças chamadas originais, que são idênticas às usadas pelo fabricante, mas são vendidas com o nome do fabricante da peça, e não do fabricante do carro. Também são totalmente seguras, e custam um pouco menos. Quando se chega nas peças paralelas ou genéricas, porém, a coisa fica mais complicada. São peças produzidas para serem iguais às originais, mas são produzidas por fornecedores que não são os mesmos da marca do carro. Então não passaram pelo controle de qualidade da fabricante do veículo. Por isso, somente um especialista vai saber avaliar se elas têm qualidade ou não. Há peças boas e peças ruins, então vale pedir a opinião de um mecânico de confiança para não cair em roubadas. 

Com peças usadas ou recondicionadas, a situação é parecida, só que a diferença entre os fornecedores de alta qualidade e de baixa qualidade é maior ainda. Seu preço é menor, mas é preciso pesquisar bem a origem da peça. Algumas podem apresentar desgastes internos imperceptíveis a olho nu, que geram um risco de segurança. E, se não têm garantia, há sempre o risco de que falhem de repente. Outras podem até ser roubadas, o que pode gerar risco de multas e até prisão por receptação.  

Mas há bons fornecedores de peças usadas e recondicionadas, que vêm de empresas especializadas em recondicionamento ou desmanches legalizados. Nesses casos, a peça terá documentação de origem, certificação e rastreabilidade. Elas são uma ótima opção para peças que não são relacionadas a sistemas de segurança, como itens de funilaria e acabamento. Ou para peças de veículos que já saíram de linha. Pense que uma peça genuína usada pode ser melhor que uma peça nova comprada no mercado paralelo.  

Ao comprar peças usadas, certifique-se sempre de algumas coisas: 

  • Que a peça não seja um item de segurança do carro 
  • Inspecione visualmente para ter certeza de que não há ferrugem, sinais de desgaste ou rachaduras 
  • Verifique se ela realmente é igual à peça que vai ser substituída 
  • Veja se o preço realmente vale a pena. Dependendo do lugar em que você compra, as peças originais podem não ser tão caras. Por outro lado, peças baratas demais podem ser motivo para desconfiar.  

Na dúvida, sempre consulte um mecânico de confiança. Os veteranos das oficinas já viram todo tipo de peça, e sabem identificar quando tem cilada à vista.