Costuma-se dizer que é fundamental que a marcha lenta das motocicletas tenha alta rotação para evitar que o motor apague. Mas será que é realmente assim?
Vamos por partes. Primeiro, vale lembrar que marcha lenta significa a rotação mínima quando o motor está em ponto morto, ou seja, sem aceleração. De fato, a marcha lenta não pode ser muito baixa, pois pode acabar funcionando de maneira irregular, causando dificuldades para a pilotagem, especialmente em motos de motor menor. Se a motocicleta não mantém a rotação constante quando está parada, ou se o motor fica morrendo constantemente, isso significa que há um problema de ajuste.
Por outro lado, também não é recomendável que a marcha lenta fique muito alta, pois isso causará desgaste excessivo e reduzirá o tempo de vida útil do motor. O ideal é que a marcha fique regulada dentro dos padrões recomendados, que, na maioria das motos atuais, variam entre 1.000 e 1.500 RPM. Motos de maior cilindrada tendem a ter um desempenho melhor em baixas rotações, enquanto motos de baixas cilindradas podem exigir que o motor funcione em rotações mais altas para evitar engasgos. Porém, a rotação nunca deve ultrapassar 3.000 RPM.
Qualquer mecânico consegue ajustar rapidamente a marcha lenta de uma moto. E, embora em muitos casos seja possível o próprio dono da moto fazer o ajuste, o melhor é sempre procurar um profissional. Isso porque problemas na marcha lenta podem ser devidos a diversos tipos de causas, que podem passar batidas se não forem checadas por um especialista. Eles podem variar desde sujeira no bico injetor ou bomba de combustível com falta de pressão, até problemas na unidade de controle eletrônico (ECU), no sensor de posição do virabrequim (CKP) ou no atuador de IACV – também conhecido justamente como atuador da marcha lenta. Nesses casos, só um mecânico de confiança pode resolver o problema com segurança.
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