
Quando se fala em frotas sustentáveis, hoje, muita gente pensa em veículos elétricos, como os que vêm circulando em muitas cidades brasileiras, nas empresas de logística focadas na chamada “última milha”. Mas, para investir na sustentabilidade de uma frota, esse é apenas um dos caminhos. No Brasil, quem trabalha com logística ou transporte coletivo tem diversos caminhos para reduzir a pegada de carbono de sua empresa.
Para começar, entre todas as medidas que o gestor pode tomar para aumentar a sustentabilidade de sua frota, a que tem o maior impacto é renovar os veículos. As estatísticas mostram que, no Brasil, 56% dos caminhões em uso possuem até 15 anos de idade, e 32% possuem 16 anos ou mais. São veículos que foram projetados e fabricados quando os padrões de consumo de combustível e emissões de gases eram piores que as atuais. E o fato de estarem rodando a tanto tempo só faz com que bebam mais, consumam um valor maior na manutenção e emitam mais gases de efeito estufa. Então, simplesmente investir em caminhões, vans ou ônibus mais novos, adaptados aos padrões mais recentes da indústria, já representará um aumento significativo na sustentabilidade da frota – mesmo que não sejam necessariamente híbridos ou elétricos.
Para quem busca reduzir as emissões, é bom lembrar que no Brasil também existem diversas possibilidades de combustíveis alternativos, como biodiesel, gás e biogás, e algumas podem ser implementadas com simples ajustes no motor – desde que sejam compatíveis com o tipo de trabalho realizado por sua frota.
Uma mudança que parece não ter ligação com sustentabilidade, mas na verdade tem, é investir em sistemas de gestão e aplicativos modernos para o monitoramento da frota. Com ajuda de informática, telemetria e até de inteligência artificial, dependendo dos sistemas usados, é possível otimizar as rotas para reduzir o tempo na estrada, o consumo de combustível e o volume de emissões. Fica mais fácil se organizar para consolidar cargas para minimizar o número de viagens e maximizar a eficiência do transporte, assim como administrar melhor as despesas com itens como multas e manutenção.
A manutenção sustentável também é uma prática a ser levada em consideração. Utilizar peças recicláveis e processos que minimizem o desperdício ajuda a reduzir despesas e geração de resíduos. Uma manutenção preventiva bem organizada já diminui o gasto com reparos, mas as ferramentas digitais de manutenção preditiva podem levar esse ganho um passo além, identificando quando há algum problema que pode vir a causar prejuízos mais adiante e permitindo consertá-lo enquanto o custo é menor.
O essencial é, antes de tudo, mapear e analisar todas as possibilidades de evolução para cada frota. Na internet há diversos guias que ajudam com essa tarefa. A Confederação Nacional do Transporte (CNT) juntou aqui cinco manuais com estratégias que vão da correta destinação de óleos usados até a ecocondução, que é a estratégia de conduzir os veículos reduzindo o consumo de combustível – e consequentemente as emissões.
A Moove e a Mobil™ contribuem para a sustentabilidade das frotas através de ações como o acordo com o instituto Jogue Limpo para recolhimento e reciclagem do óleo usado, que passa por um processo de rerrefino, dando origem a diesel, asfalto e outros produtos. Também promovem a economia de embalagens através da Troca Inteligente Mobil™, que evita a geração de resíduos de plástico, assim como reciclagem de embalagens usadas – empregadas na produção das bombonas de 20 litros.