A dúvida sempre surge diante da bomba do posto de gasolina: normal ou aditivada? Todo mundo sabe que a gasolina aditivada faz bem ao motor, porque contém detergentes e dispersantes que ajudam a mantê-lo limpo, eliminando os resíduos de carbono produzidos durante a combustão e evitando que se depositem no sistema – problema conhecido como carbonização. Mas a aditivada também é mais cara que a gasolina comum. Então será que vale a pena?
Para decidir, vale sempre a pena consultar o manual do fabricante do seu carro. Atualmente, grande parte já recomenda a gasolina aditivada, pela proteção que traz ao motor. Para carros modernos, com motores de alta compressão, turbo ou flex, ela ajuda a garantir a boa performance. Como os carros flex alternam entre gasolina e etanol, os aditivos contra a corrosão são importantes para garantir a sobrevida dos componentes metálicos. Essa é uma vantagem de longo prazo que ajuda a compensar parte do custo maior da aditivada. Além disso, um motor que não acumula resíduos de carbono trabalha com mais eficiência, o que resulta em menor consumo e contribui para prolongar a vida dos catalisadores e reduzir a emissão de gases poluentes, o que ajuda a compensar em parte a diferença do preço.
Costuma-se dizer por aí que a gasolina aditivada é importante nos carros com injeção indireta, porque o combustível misturado ao ar no coletor ajuda a limpar as válvulas de admissão. No entanto, muitos afirmam que ela não seria tão necessária em carros com injeção direta, como grande parte dos modelos vendidos hoje no Brasil. O aditivo não seria necessário porque, nesses motores, o combustível é injetado diretamente dentro da câmara de combustão, quando as válvulas já estão fechadas. Só que esse raciocínio não é correto. Embora não passe pelas válvulas, os motores com injeção direta podem sofrer com a carbonização dos bicos injetores e com resíduos na própria câmara e na cabeça dos pistões. Sem a proteção dos aditivos, os bicos injetores podem ter entupimentos, que aumentam o consumo de combustível e geram falhas.
Com o combustível aditivado, assim como com o comum, é importante abastecer sempre em postos de confiança. Isso porque, em um combustível de procedência duvidosa, não há como saber se ele possui os aditivos corretos e na quantidade necessária.